8 sinais de autismo em bebês
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais conhecido como autismo, pode ser diagnosticado ainda na infância. Ao identificar sinais de autismo em bebês, as mamães e papais conseguem buscar auxílio profissional, oferecendo suporte necessário para o melhor desenvolvimento da criança.
Diagnosticar o TEA cedo pode fazer muita diferença no manejo adequado da criança, oportunizando bem-estar, qualidade de vida e evolução já nos primeiros anos de formação.
É comum que os pais tenham dúvidas a respeito dos sinais de autismo em bebês. Pensando nisso, desenvolvemos este conteúdo especial sobre o tema, no qual abordamos as principais informações e dicas úteis sobre o assunto. Continue a leitura e descubra!
O que é o Transtorno do Especto Autista?
O Transtorno do Especto Autista é um termo médico utilizado para se referir a um conjunto de condições que podem comprometer o comportamento social no âmbito da comunicação e da linguagem.
Essas condições envolvem interesses e atividades realizadas de maneira particular e repetitiva. Na maioria das vezes, elas são aparentes já nos primeiros cinco anos de vida das crianças.
Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o TEA é definido como um transtorno de neurodesenvolvimento que afeta a interação social e comunicação de determinados indivíduos. O TEA está associado a padrões comportamentais e particularidades envolvendo os interesses e atividades.
O autismo começa na infância, persistindo na adolescência e na vida adulta. De maneira geral, vem acompanhado de ansiedade, depressão, epilepsia, transtorno déficit de atenção de hiperatividade (TDAH), entre outras condições.
Uma característica interessante do TEA é que ele costuma impactar no nível de funcionamento intelectual da criança. Enquanto algumas podem ter um comprometimento nesse funcionamento, outras, apresentam níveis superiores ao “padrão”.
Como é feito o diagnóstico do autismo?
Nos primeiros anos de vida a criança passa por diferentes fases de desenvolvimento. De maneira geral, esses períodos têm características e particularidades como o caso do terrible two, por exemplo.
O primeiro ponto que chama atenção é justamente esse: os pais não devem confundir o autismo com um padrão comum de desenvolvimento. Embora os sinais possam ser notados, é indispensável procurar o suporte de especialistas.
O diagnóstico de TEA é feito por um neuropediatra, no entanto, requer um esforço multidisciplinar que inclui pediatra, psicólogo, psiquiatra e terapeuta ocupacional. Esses profissionais auxiliam na identificação do grau do autismo e na definição da conduta a ser seguida para o melhor desenvolvimento do bebê e da criança.
A avaliação de crianças é realizada por meio de observações clínicas e da conversa com os pais. Somado a isso, são feitos testes específicos que podem auxiliar no rastreamento e eventual diagnóstico.
Vale destacar que os testes não são conclusivos, portanto, não são suficientes para fechar um diagnóstico de TEA. Eles apenas apontam a existência de traços de atrasos e dificuldades que exigem uma atenção.
Todo o processo envolve avaliação de comportamentos e habilidades da criança, incluindo análise da atenção, linguagem, fala, comportamento, comunicação não verbal, interação social, entre outros.
O diagnóstico é altamente complexo, pois, em muitos casos, vem acompanhado de outras questões como Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Quais são os 8 sinais de autismo nos bebês?
Como você pode ver, o diagnóstico do autismo não é tão simples. Nos bebês e crianças, o diagnóstico está diretamente atrelado a observação dos comportamentos pelos pais.
Segundo o Ministério da Saúde, o sinal de alerta já pode ser notados nos primeiros meses de vida. O diagnóstico poderá ser confirmado por volta dos dois a três anos de vida, porém, quanto antes forem percebidos os sinais, melhor. A seguir, listamos 8 sinais de autismo em bebês. Confira!
- Baixo contato visual, por exemplo, a criança não olha para a mãe quando está sendo alimentado.
- Surdez aparente, a criança não apresenta reações ao som da voz dos pais ou quando é chamada
- Ausência de expressões faciais nas interações com o ambiente e com outras pessoas.
- O bebê não retêm a atenção visual em objetos e brinquedos redondos, luminosos e com padrões de movimento constante.
- Ausência de interesse por outras crianças ou bebês.
- O bebê apresenta resistência exagerada à mudança e flexibilidade da rotina.
- Comprometimento na comunicação não verbal, identificado por meio do atraso no desenvolvimento da fala verbal e da formulação de frases.
- O bebê não sorri ou esboça reações ao ver a mãe, ou o pai se aproximar.
Ao notar um ou mais sinais como esses é importante que os pais busquem orientação de um profissional. O primeiro atendimento pode ser feito pelo pediatra que acompanha a criança. Ele terá condições de avaliar as queixas e direcionar para o diagnóstico adequado.
Pelo Sistema Único de Saúde, para que a criança tenha direito ao atendimento, é necessário realizar uma consulta com o neuropediatra. Após, o profissional realiza o encaminhamento para outras especializadas envolvidas no tratamento.
Vale destacar que a identificação de atrasos no desenvolvimento e encaminhamento precoce para intervenções e apoio, traz melhores resultados no longo prazo. A criança tem maior neuroplasticidade cerebral, por isso, quanto mais cedo é feito o diagnóstico, melhores são os resultados no tratamento.
Quais são os principais mitos e verdades envolvendo o autismo?
Exitem muitos mitos e preconceitos envolvendo o autismo. A melhor forma de combater à desinformação é por meio da conscientização e conhecimento. Pensando nisso, selecionamos alguns mitos e verdades envolvendo o TEA.
Autismo é uma condição incapacitante
Depende! Algumas pessoas podem viver com autismo e levar uma vida totalmente autônoma. Por outro lado, alguns indivíduos tem incapacidades que demandam cuidado e suporte durante toda a vida.
Autismo pode ser revertido
Mito! Até o momento não existem estudos indicando a possibilidade de reversão do TEA. Porém, crianças diagnosticadas cedo, e recebem um tratamento adequado podem vir a se tornar totalmente autônomas.
Os pais podem ajudar no desenvolvimento da criança
Verdade! O tratamento comportamental e o treinamento das habilidades dos pais podem fazer toda a diferença no desenvolvimento da criança. Os pais têm uma parcela importante na redução das dificuldades de comunicação, na melhora do comportamento social da criança e na construção de uma memória afetiva e feliz.
Quanto melhor for a condição do TEA durante a infância, maior o bem-estar e qualidade de vida da criança e das pessoas que convivem com ele.
Como oferecer suporte a uma criança com TEA?
As intervenções para crianças com autismo devem ser acompanhadas por uma série de ações, orientadas pelos especialistas. Uma equipe multidisciplinar com conhecimento no assunto poderá trazer o suporte considerando as necessidades e cada criança.
De maneira geral, os pais precisam trabalhar na acessibilidade e inclusão dos ambientes físicos e sociais. As atitudes também precisam ser adaptadas às demandas da criança.
Criar uma rotina organizada, investir no cuidado e no carinho, realizando massagem no bebê e interagindo com ele, criam condições para o seu melhor desenvolvimento.
Toda a família e pessoas que convivem com a criança devem estar envolvidas na adaptação do estilo de vida, acolhendo e acomodando a criança.
O TEA não deve ser visto como uma doença incapacitante, mas sim como uma maneira de ser do indivíduo. Quanto maior o suporte em casa, melhores são as chances da criança se desenvolver e crescer com saúde e segurança.
Como você pode ver, a observação e percepção dos pais é essencial para o diagnóstico precoce do autismo. Ao perceber sinais que chamam atenção é fundamental procurar o suporte de especialistas.
Quando mais cedo ocorrer o diagnóstico, melhores são os resultados no tratamento e adaptação da família.
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